quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brega

Mãos se fecham em abraços muito apertados
Sguram a roupa de quem ama e é amado
Seguram como alguém segura uma corda
Pendurado de 1 km de altura

Mãos se fecham na mesa de jantar
Na hora da oração.
Se apertam mais ainda para comer
Se apertam pouco para limpar a boca.

Se apertam para fechamento de grandes negócios
Se apertam para o fechamento de vários tratados
Apertam o gatilho, quando os tratados não funcionam
Apertam pessoas, apertam armas...

O que mais se vè, são mãos esticadas ao infinito
Esperando Uma estrela cair em suas mãos.
Ou muitas mãos solitárias
Esperando outras mãos.

São escultoras de estátuas
Para glória de outros homens
Que usaram de suas mãos
Para construirem sua
Infame fama....

Não me importo em perder a mão
Por saquear ou bater em alguém
Não me importo em não poder acenar.
Não me importo em não fechar negócios.
nem em ter outra mão na minha

Vivemos um mundo marcado pela futilidade
Pressa e desarranjo...
Vivemos tristes, esperando algo legal
Nos fazer rir, pra chorarmos em seguida
O humano vai e vai, ao fim de sua perdição
Se mata, se mata, se mata, vira um mártir
Sangra as mãos com sangue inocente.

Não sente mais nada
Não tem nada, não tem mãos
Não tem sonhos, as mãos não tremem
As mãos não fecham nem se abrem
As mãos são frias
As mãos não sonham
As mãos só desenham
Entre linhas imaginárias
Só desenham ...
desenham mãos

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