quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ensaio de alguém hum..deveras mal

Bom, vou tentar então
Como todo mundo já tentou algumas vezes na vida
Transformar o emocional em cor
Em letra
Em palavra
Em descrição...

Mas não acho que isso seja possível.
Mesmo porque todos meus atos e emoções
Nunca foram explicáveis
Nunca foram suficientes, ao mesmo tempo.
Tempo, tempo
Falando nele
Deixei tudo para trás.
Dei um tempo.
Usei meu tempo
Gastei meu tempo com você.
Gastei?
Que verbo ruim...
Investi
Ganhei..isso..ganhei!
Gnhei meu tempo com você.
Ouvi milhões de músicas que me lembravam você, escrevi milhões de poemas, andei milhões de passos, pensei em muita coisa
Tentei estar presente a todo o momento.
Tentei sorrir a todo o momento.
Tentei olhar e não enlouquecer.
Olhar para o tempo que diminui a cada segundo.
A cada volta no relógio, você se torna mais distante
A cada segundo, você, não sei como, se torna algo tão mais valioso...
Me faz ser louco
Mais louco que qualquer louco
Mais viciado que qualquer viciado
Mais morto que qualquer morto
Mais vivo que qualquer vivo

Como faço para parar o tempo?
Como faço para você não ir?
Não me interessei hojeem fazer um poema deveras metafórico e cheio de vai-e-vem
Só grito meu desespero, que também não sei escrever, da forma mais objetiva possível
Tão objetivo quanto a vontade louca
Que fez um louco
Ser entregue à sua própria loucura.
Não sei, mas creio que quando o tempo acabar...
Eu estarei pensando em outras maneiras de ter falado
Outros abraços que podia ter dado
Outas risadas que podíamos ter rido.
E assim será, até o final...
Sempre pensando em tudo que não fiz.
Mas dando aquele leve sorriso no canto da boca
Pois deixei de fazer tudo que queria
Em sua companhia.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Chegou

Oh não!!!
Vou correr para as colinas
Vou entrar em uma caverna.
Tenho muito medo
Não só eu
Todos os poetas
Todos choram em uníssono
Não choram lágrimas falsas de versos inverdadeiros
Choram porque a realidade chegou
Chegou e nos assombra
Chegou e não nos deixa sonhar mais.
Chegou para nos matar
Não perdoa
Não vai embora
E para sempre fica
E morre o poema
E nasce a desilusão

E morre o sonho
E não nascem mais poetas

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Quem quiser

eu só pego o lápis branco
e escrevo na folha-sulfite
tão branca quanto.

tente o reflexo.
verá.

Brega

Mãos se fecham em abraços muito apertados
Sguram a roupa de quem ama e é amado
Seguram como alguém segura uma corda
Pendurado de 1 km de altura

Mãos se fecham na mesa de jantar
Na hora da oração.
Se apertam mais ainda para comer
Se apertam pouco para limpar a boca.

Se apertam para fechamento de grandes negócios
Se apertam para o fechamento de vários tratados
Apertam o gatilho, quando os tratados não funcionam
Apertam pessoas, apertam armas...

O que mais se vè, são mãos esticadas ao infinito
Esperando Uma estrela cair em suas mãos.
Ou muitas mãos solitárias
Esperando outras mãos.

São escultoras de estátuas
Para glória de outros homens
Que usaram de suas mãos
Para construirem sua
Infame fama....

Não me importo em perder a mão
Por saquear ou bater em alguém
Não me importo em não poder acenar.
Não me importo em não fechar negócios.
nem em ter outra mão na minha

Vivemos um mundo marcado pela futilidade
Pressa e desarranjo...
Vivemos tristes, esperando algo legal
Nos fazer rir, pra chorarmos em seguida
O humano vai e vai, ao fim de sua perdição
Se mata, se mata, se mata, vira um mártir
Sangra as mãos com sangue inocente.

Não sente mais nada
Não tem nada, não tem mãos
Não tem sonhos, as mãos não tremem
As mãos não fecham nem se abrem
As mãos são frias
As mãos não sonham
As mãos só desenham
Entre linhas imaginárias
Só desenham ...
desenham mãos