quinta-feira, 15 de julho de 2010

Crises..

Era tão simples como amar
Tão intenso como o tédio
Tão envolvente como a partitura
Da música que tocará em nossos funerais

Era tão simples como amar
Tão intenso como o tédio
E sabíamos que quando a complexidade chegasse
Nos deixaria muito loucos, tornando a idiotice
Um caminho muito sólido.

Mas de que importa o mundo
Quando encontramos alguém?
De que importa que música tocará no funeral
Ou de quem vai se lembrar de nós?

Não queremos nome, nem mesmo reconhecimento
Queremos aquele segundo
com aquela pessoa
naquele lugar
Onde parece que alguém clicou "pause"
E aquele segundo se tornou eterno
Plano de fundo da nossa imaginação

Era tão simples como a dor
Tão intenso como a vida
Era tão bom não precisar de nada
Era tão bom não querer mais nada também..

Ai eu ria muito
Pensando em quanto o ser humano
se tornou dependente
de uma sociedade saudável
Que fale que sua doença
É sinal de saúde..

Quem saiba o humano esteja
Só procurando o que já sentiu
Só atrás do que já gostou
Só atrás de quem já amou...

Não sabia quem era
E não era quem eu sabia ser
E percebi que não me importava
Com que musica iria tocar no meu funeral
Ou se alguém se lembraria de mim

Era tão complexo quanto amar
Tão lento quanto o tédio
Era a verdade do "eu te amo"
Que havia nos achado
E achávamos que éramos tão fortes...

E juntos nós compúnhamos a música
De nossos funerais
E sabíamos
Que ninguém lembraria de nós
Somente nós mesmos...

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